nota a nota
a lua a noite
xa toda rota
Nos recordos cabem mil lirios, mil estrelas
mil sorrissos, um olhar, umha gamela.
Nos xardins das viagens, das essências,
no transito das uvas tintas dos dedos
cara os lábios molhados de lembranças,
e sabemos que as noites som enormes,
como os ocos nos que ficam os ruidos
e permanecem os silêncios acordoados
como aves que se perden nas chairas:
sem retorno.
Sabemos que as noites son enormes
como os ocos nos que ficam os ruidos
e permanecem atordoados os silêncios
como aves sen as asas sobre as chairas
molhando de uvas tantas lembranças
como cantos de paporoibo no despertar
desta singradura polas areias gravidadas:
sem retorno.
Nos recordos cabem mil lirios, mil estrelas,
mil sorrisos, um olhar, umha gamela, e este
pranto de uvas apanhadas nos caminhos
como ocos nos que fican os silêncios:
sem retorno.
antom laia
poema do libro as margens do tempo
con ilustracións e capa entrando
en el recuerdo de tomás roures
presentado onte en andel en familia
con xurso souto telmo comesaña
os da casa e achegados
coma un laio da memoria
envolventesaspalabras.info espazo coordinado por lariño
realizado e albergado en promathea ;)