03-9-2012
poeta en salvaterra
Habitamos un canto dolorosoExistir resulta difícilQuando fas parte de um organismo
infectado e deficienteSomos massa, a nossa lucidez é umha miragemUm reflexo incerto de passado discontínuoA nossa nai infernalMicropátria sem lei Cenário caótico,Patologia ou estado vital.A ti rezamos, pois deverías ser a nossa esperançaProduto humano e devoradora cruel da nossa espécieDeambulamos por ti, a procurar umha piedade que nunca tivechesQueremos a esperança de umha nova luzÁ sombra dos teu templos de fisonomía terrívelA juventude dança num código indescifrável de desasossegoQue as outras geraçons nom podem preceberÉ possível que falem da guerra, da morte, do território, do sexo...Dançam umha cançom triste e reveldeDa travesía espiral polo solpôrA juventude é umha galaxia habitada por tribos estranhas,Desterradas deste mundo hostilUm espectro que languidece absorvido polo cimento e a névoaramiro vidal alvarinho texto publicado no libro do XXVl festival da poesía do condadoextraido do poemario letras de amor e guerra editado por a porta verde do sétimo andar